segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Morfema Zero

Morfema Zero

Com o que vi em sala de aula, o morfema zero é a não existência de uma marca física na palavra, e pode determinar ausência de gênero, número ou modo, ou seja, acontece quando há ausência do morfe, porém, sem excluir a presença do morfema manifestada apenas pelo sentido da palavra, uma espécie de morfema, subentendido, implícito.


De acordo com Petter apud Gleason (1961; 80) pode-se dizer que há morfema zero somente quando não houver nenhum morfe evidente para o morfema, ou seja, quando a ausência de uma expressão numa unidade léxica se opõe a presença de morfema em outra.

º Um exemplo que pode esclarecer:  O morfema S é característico do plural, em língua portuguesa. Se observarmos o par: sapato/sapatos, verificamos que é a ausência da marca do plural, ou seja, o S no primeiro vocábulo, traz a idéia de singular.

º Em MARES, o plural é feito pelo morfema –es. O plural em português tem alomorfia: -s (sapatos), -es (mares), -is (pastéis);

 _ MAR, não há nenhuma desinência que indique o singular. “A ausência de uma marca física, mas que há significado, o MORFEMA ZERO, indica o singular.”

º Na nossa língua, por exemplo, o plural costuma ser indicado pelo morfema S no final da palavra, já o singular, é reconhecido pela ausência de morfema de plural, ou seja, na formação do número essa              ausência é significativa.

Nos exemplos: “Eu pulava / Ele pulava”, há morfema zero de sufixo número-pessoal.
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º Temos o pretérito imperfeito do indicativo que ao conjugar os verbos, realiza o morfema zero na primeira e terceira pessoa do singular.   Não há marcação para diferenciar a primeira pessoa da terceira pessoa, porque constitui um morfema zero {Ø} de modo.







Em “burocratas”, temos a seguinte configuração morfológica:

Raiz: burocrata-

Vogal temática: -a-

Sufixo de plural: -s

Escolhi essa tirinha porque podemos observar  que existe o morfema zero na palavra “burocratas”, que é um morfema zero de gênero, ou seja, não há marcação dizendo se são “as burocratas” ou “os burocratas”.



Então, tudo certinho?!




                                                                                              Deborah Mychelle

Um comentário:

  1. Legal tua postagem, Deborah. Mas os seguintes pontos precisam ser revisados:
    1. Retire o seguinte trecho da primeira e segunda linhas: "e pode determinar ausência de gênero, número ou modo";
    2. Em "pulava", há morfema zero de número e pessoa;
    3. Em "burocratas", temos a seguinte configuração morfológica:
    Raiz: burocrat-
    Vogal temática: -a-
    Sufixo de plural: -s

    A questão do gênero, na palavra "burocratas", é determinada pelo contexto, pelo uso de artigos. Discutir gênero à luz do morfema zero é algo até polêmico. De modo geral, em português, o gênero feminino é marcado pelo sufixo de gênero -a e o gênero masculino não é marcado, mas ser não marcado não é sinônimo de zero. Contudo, existem autores que defendem morfema zero no masculino do português. Sugiro que você procure a profa. Isabella para uma explicação mais completa sobre isso, em sala de aula, ao vivo. Gênero em português exige uma discussão mais ampliada. Para o AVM, por enquanto, exemplifique morfema zero no singular, com contraste entre singular e plural. Depois da explicação da profa. Isabella, você poderá retomar a relação entre morfema zero e gênero com mais propriedade.

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