Passei o
final de semana todo, pensando e elaborando textos com o proposito de explicar
tudo que li, assim sendo, escolhi um tema e coloquei mãos à obra, só lembrando
que sou péssima pra me expressar, então tentarei fazer o meu melhor nesse
post.
Normalmente
ao se definir morfologia dizemos que é o estudo da construção,
formação e a classificação das palavras. Ao ler diversos textos e artigos
acadêmicos, percebi que há duas concepções de morfologia, uma no ramo da
linguística e outra no ramo da gramática tradicional.
Na gramática
tradicional a morfologia aborda as formas das palavras no que diz
respeito à flexão e derivação, cujo contesta o estudo das funções ou sintaxe.
Já
na linguística, temos dois itens principais: a palavra e o morfema.
- Palavra:
é focada no estudo das classes de palavras. (lembrando que é este item que
encontramos geralmente na Gramática Tradicional)
- Morfema:
é focada na formação das palavras através de elementos mórficos ou
morfológicos, que na concepção de alguns linguistas é o mais adequado.
No texto
de Margarida Petter, que consta no livro Introdução à Linguística de
Fiorin, ela destaca dois processos morfológicos distintos:
- a
Morfologia Flexional; e
- a
Morfologia Lexical.
Meu ponto central nesse post será voltado para a identificação dos
morfemas.
Os morfemas podem ser identificados através da analise mórfica ou
morfológica, ou seja analisando as unidades de significação da palavra,
destacando seu morfema ou elementos mórficos. Vejamos na tirinha acima a
palavra "subconsciente":
Consciente → sub-consciente
→ consciente-mente
consciente = raiz
sub = prefixo mente =
sufixo

corresponde à Morfologia Lexical, que é a derivação
(sufixo ou prefixo)
Se nessa tirinha nós focalizarmos na palavra "garota",
veremos:
garot-a → garot-o
garot- será a raiz e as
letras a e o serão a vogal temática

corresponde à Morfologia Flexional, que são as
relações gramaticais e os mecanismos de concordância (podendo ser
nominal → gênero, numero e caso; ou podendo ser verbal → tempo,
modo e pessoa)
Portanto, morfemas são as mínimas unidades significativas que se juntam
para compor as palavras. Cada elemento mórfico ou morfema que constituir
uma palavra, dispõe de um nome e uma função, sendo eles: radical,
tema, vogal temática, afixos (prefixo e sufixo) e desinências.
Todos esses elementos serão abordados com mais clareza no próximo
post.
Só deixando bem claro que, o estudo da morfologia da formação de palavras serve para demonstrar a flexibilidade da língua, que permite ao falante nativo transferir palavras de uma categoria a outra, através da adição de afixos. A afirmação de que cada morfema tem uma forma única para expressar um mesmo significado é contestada por todas as línguas em diferentes graus e situações, contudo, a morfologia é uma área que tem provocado muitas controvérsias entre os linguistas, que nem sempre consideraram o nível morfológico pertinente para a construção de uma teoria da gramática. Deborah Mychelle
ResponderExcluirBoa noite, grupo.
ResponderExcluirSegue a avaliação da primeira rodada (15/09/2014):
Postagem da Juliana: legal a tua postagem, Juliana. Vi teu esforço e gostei muito da tua pontualidade e por ter procurado auxílio online com antecedência. Parabéns por isso. Mas alguns pontos precisam ser melhorados:
1. Petter (2010) trata como processos morfológicos a adição, a reduplicação, a subtração e a alternância. A Morfologia Lexical e a Morfologia Flexional são dois campos da Morfologia;
2. Em "consciente", a raiz é conscient- e a vogal temática é -e;
3. Explique melhor a relação entre prefixo, sufixo e derivação;
4. Em "garota", garot- é raiz e -a é sufixo de gênero feminino. E garoto/garota podem ser discutidos também na derivação. Vários linguistas defendem que aqui não ocorre uma "flexão pura". A Profa. Isabella pode depois em sala de aula falar mais sobre essa questão para vocês.
5. Faltou também comentar discursivamente as tirinhas. Adorei as duas, mas faltou essa contextualização discursiva dos sentidos das palavras escolhidas para análise.
Comentário da Deborah: muito bom teu comentário, Deborah. Faltou a referência da leitura teórica que você fez e também dizer que há outros processos morfológicos além da adição de afixos.