segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Vozes Verbais

Em sala de aula, aprendi que quando um verbo manifesta o entendimento de ação, ele pode flexionar-se para indicar quem pratica e quem recebe essa ação, portanto a voz do verbo indica o tipo de relação que o sujeito mantem com o verbo. As vozes verbais são três:

  1. Ativa: o sujeito é agente, isto é, o sujeito pratica a ação verbal.
Ex.: Em sonho, os pescadores sorriam. (Cecília Meireles)

os pescadores → sujeito agente
sorriam → voz ativa 

    2. Passiva: o sujeito é paciente, ou seja, o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.

Há dois tipos de passiva:

  • Analítica: é formada pelo verbo ser ou estar mais o particípio do verbo principal.
Ex.: As meninas eram conduzidas pelos pescadores. 

eram → verbo ser (pretérito imperfeito)
conduzidas → particípio

  • Sintética: é formada por um verbo principal que apresenta-se conjugado na 3º pessoa, acompanhado do pronome se.
Ex.: Consertam-se barcos de pescadores.

consertam → 3º pessoa 
se → pronome apassivador

Ex.: Quebrou-se o violão.
quebrou → 3º pessoa
se → pronome apassivador

Pelos exemplos, nota-se que o verbo principal apresenta-se conjugado na 3º pessoa do singular ou do plural, de acordo com o sujeito paciente.

Quebrou-se o violão.
quebrou → 3º pessoa do singular
violão → sujeito paciente: singular

Quebraram-se os violões.
quebraram → 3º pessoa do plural
violões → sujeito paciente: plural

      3. Reflexiva: o sujeito pratica e recebe a ação verbal.

Ex.: O garoto feriu-se com o estilete.
o garoto → sujeito agente e paciente
                                                              se → pronome reflexivo
 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Morfema Zero

Morfema Zero

Com o que vi em sala de aula, o morfema zero é a não existência de uma marca física na palavra, e pode determinar ausência de gênero, número ou modo, ou seja, acontece quando há ausência do morfe, porém, sem excluir a presença do morfema manifestada apenas pelo sentido da palavra, uma espécie de morfema, subentendido, implícito.


De acordo com Petter apud Gleason (1961; 80) pode-se dizer que há morfema zero somente quando não houver nenhum morfe evidente para o morfema, ou seja, quando a ausência de uma expressão numa unidade léxica se opõe a presença de morfema em outra.

º Um exemplo que pode esclarecer:  O morfema S é característico do plural, em língua portuguesa. Se observarmos o par: sapato/sapatos, verificamos que é a ausência da marca do plural, ou seja, o S no primeiro vocábulo, traz a idéia de singular.

º Em MARES, o plural é feito pelo morfema –es. O plural em português tem alomorfia: -s (sapatos), -es (mares), -is (pastéis);

 _ MAR, não há nenhuma desinência que indique o singular. “A ausência de uma marca física, mas que há significado, o MORFEMA ZERO, indica o singular.”

º Na nossa língua, por exemplo, o plural costuma ser indicado pelo morfema S no final da palavra, já o singular, é reconhecido pela ausência de morfema de plural, ou seja, na formação do número essa              ausência é significativa.

Nos exemplos: “Eu pulava / Ele pulava”, há morfema zero de sufixo número-pessoal.
­
º Temos o pretérito imperfeito do indicativo que ao conjugar os verbos, realiza o morfema zero na primeira e terceira pessoa do singular.   Não há marcação para diferenciar a primeira pessoa da terceira pessoa, porque constitui um morfema zero {Ø} de modo.







Em “burocratas”, temos a seguinte configuração morfológica:

Raiz: burocrata-

Vogal temática: -a-

Sufixo de plural: -s

Escolhi essa tirinha porque podemos observar  que existe o morfema zero na palavra “burocratas”, que é um morfema zero de gênero, ou seja, não há marcação dizendo se são “as burocratas” ou “os burocratas”.



Então, tudo certinho?!




                                                                                              Deborah Mychelle